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quarta-feira, 22 de junho de 2011

Riscos e vantagens das sacolas de plástico biodegradável



As sacolas plásticas parecem estar com os dias contados. Redução em seu consumo foi registrada na China e na União Européia. Espera-se o mesmo no Brasil, que atualmente consome 12 bilhões de sacolas plásticas por ano, segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), já que grandes varejistas, como WalMart, Pão de Açúcar e Açaí estão promovendo ações de incentivo ao uso de sacolas retornáveis.

Na Europa, onde esse movimento começou primeiro, já houve a reação dos fabricantes das sacolas plásticas, que estão perdendo mercado: a oferta de sacolas em plástico biodegradável. Elas já foram adotadas pelas grandes redes de varejo, como a inglesa Tesco, para atender os clientes que não levam suas próprias sacolas. Obviamente, o marketing dos fabricantes apela para o fato de que elas se decompõem – e aposta na tendência do consumidor voltar ao conforto do produto descartável.

Por isso, a Associação Europeia de Recicladores de Plástico lançou um alerta. Porque se houver a ilusão de que o plástico biodegradável pode manter a prática de uso e descarte das sacolas tal como ocorre hoje, ele pode fazer mais mal do que bem ao ambiente. Primeiro, por manter o volume de lixo. Segundo, porque para se tornar biodegradável, esse novo plástico contém metais pesados, como chumbo – em doses minúsculas, individualmente, mas que podem causar um problema ambiental sério, se em uso massivo. A entidade advertiu que esta nova matéria-prima precisa ser bem administrada – tanto em sua quantidade, como em sua destinação. Em um aterro, com baixo índice de sol e oxigênio, esse plástico não se degrada. Com o frio, o processo de decomposição se atrasa. Com muita umidade, ele para.

Um outro aspecto a ser considerado é a quantidade de petróleo e energia necessários para se fazer uma sacola... para que ela se destrua?? Ou seja, a reutilização das sacolas continua sendo a melhor solução do ponto de vista econômico e ambiental. O biodegradável é apenas a segunda melhor opção – e válida somente para situações nas quais a reutilização não é possível, o que exclui todas as sacolas de supermercados

Postagem: Silvia de Deus

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